Em numero de 12 são estes os landmarks na média aceitos pela maioria das Ordens Martinistas:
Convicção
em um único Deus, independente do nome que se dê a ele, e
a prece a Yeoschuah são as primeiras características a serem observadas. Os Martinistas
são essencialmente Cristãos, e Yeoschuah (o Cristo) é invocado por todos como o
Grande Arquiteto do Universo. A profunda convicção em um Deus é uma
característica essencial de qualquer grupo iniciático autêntico. Sem esta
peculiaridade todos os juramentos não teriam sentido e seriam proferidos no
vazio da consciência. Mesmo sendo Cristãos não religiosos nem dogmático, os
Martinistas se esforçam para serem tolerantes e assim pensadores livres e
estudantes das verdades eternas.
A Iniciação é o segundo ponto importante, é necessário se manter uma linhagem iniciática que remonta a Louis-Claude de Saint Martin (que é chamado de Filósofo Desconhecido ou Superior Incógnito) ou uma iniciação que remonta a Martinez de Pasqually. Este é o maior legado que um estudante Martinista pode querer, após anos de estudo e dedicação ele recebe como prêmio de sua persistência apenas um símbolo de duas letras e alguns pontos. É com este legado é que se faz um Martinistas, este legado que aos olhos profanos pode parecer irrelevante, é para quem o tem e o compreende seu mais precioso tesouro. Esta transmissão pessoal da iniciação é considerada como uma essência espiritual que une a todos como uma fraternidade. Há diferentes caminhos para se chegar a todos os lugares, no Martinismo há diferenças entre a afiliação Russa, a afiliação que veio de Papus, a afiliação que veio de Chaboseau, mas invariavelmente todas são afiliações que, em cada e todo caso, remontam pessoalmente a Saint Martin ou Pasqually. Esta não é uma afiliação meramente burocrática ou organizacional mas uma afiliação de desejo, uma afiliação espiritual.
A Estrutura hierárquica em graus é também uma importante característica. Organizado por Papus, esta estrutura consiste em dois graus preparatórios e um grau SI. Todas as Ordens Martinistas trabalham com a mesma estrutura, embora se observe algumas variações nos nomes dos graus como apresentaremos mais adiante. Na maioria o primeiro grau é chamado "Associado"; segundo, "Iniciado"; e o terceiro " Incógnito ", " Superior" ou ainda " Superior ou Servidor Incógnito".
A Transmissão da Iniciação de pessoa para pessoa como já apresentado, por si só é um item indispensável ao Martinismo. Esta Iniciação é feita de forma pessoal, jamais por correspondência ou por meios "virtuais". Ela deve ser realizada por um Iniciador autorizado embora em alguns casos a autorização não o credencie para tão importante ato. A Iniciação deve ser um presente dado pelo Iniciador para quem tenha demonstrado competência, esforço e merecimento. O Iniciador pode ser conhecido por vários títulos diferentes, Iniciador, Initiateur Libre, Mestre Provincial, Mestre de Heptada, Superior Incógnito ou ainda Filósofo Desconhecido, em todos os casos eles significam quase a mesma coisa, sendo a sua autoridade recebida por outro Iniciador ou adquirida pela conquista dos graus correspondentes. Um ponto bastante controverso é quanto à independência de cada Iniciador, este deve ser Livre e não ter vínculos temporários e ocasionais. Permanece ao discernimento do Iniciador conferir as iniciações aos buscadores sinceros, ele deve ter a suficiente percepção da hora e do momento de conceder a caridade espiritual ao Homem de Desejo. Um Iniciador nunca deve conferir a iniciação no meramente curioso, ou naqueles que buscam a Iniciação para satisfazer os próprios egos exteriores, ou ainda àqueles que buscam a iniciação para fins escusos, o Martinismo jamais tem como objetivo a multidão. Os Iniciadores tem que fazer todo esforço para preservar a sua herança, e passar isto intacto para a posteridade, deve ainda assegurar que a tradição nunca será pechinchada, negociada ou vendida.
Respeito e reverência aos Mestres do Passado são a quinta característica a ser observada. Foram eles que criaram, contribuíram e moldaram a nossa tradição, e que passaram a nós a afiliação recebida. Alguns deles são conhecidos: Papus, Sédir, Mestre Philippe. Outros só são conhecidos nos círculos internos. Alguns trabalharam arduamente atrás da máscara e nunca saberemos seus nomes. Os Martinistas invocam a presença deles em todas as reuniões, e busca com isto a correta direção dos seus trabalhos e a providencial proteção.
A liberdade fundamental do Martinista em procurar ele próprio caminho da reintegração é a sexta característica fundamental. As Ordens Martinistas tiveram desde cedo um programa de instrução onde certos símbolos fundamentais são vivenciados, estudados e discutidos, cada Iniciador ou o Presidente de Grupo foi instruído de acordo com a Tradição, e logicamente com a compreensão e do interesse do seu grupo. Desta forma o Martinismo é flexível, adaptado ao seu meio e não deve ter uma estrutura rígida fora das suas características naturais, o caminho de reintegração é pessoal. Assim, alguns trabalharão dentro de uma Ordem, alguns dentro de outra, e alguns trabalharão com um pequeno grupo e outros ainda trabalharão sós como Livres Pensadores. Isto é como sempre foi.
A Convicção no processo de reintegração é necessário para se emergir da Floresta de Erros. Na Doutrina de Pasqually sempre se afirmou que o Homem está Caído, perdido em privação, e perdeu todos os privilégios do estado que ele tinha antes da precipitação. A função das escolas de Don Martinez e de Saint Martin sempre foi recordar ao Homem as Glórias que ele tinha no estado original e assim motivá-lo ao caminho do retorno. Alguns preferirão seguir o caminho operativo Teúrgico, outros o Caminho do Coração ou a senda mística, seja qual for o caminho, a jornada deve ser empreendida e completada.
Utilização das vestes e das ferramentas simbólicas do Martinismo, ou seja, o Manto, a Máscara e o Cordão. Sinceramente tanto faz se o Manto é preto, branco ou vermelho; se o cordão é dourado ou prateado ou se tem três laços, cinco laços, ou nenhum. Todos os Martinistas devem fazer o uso destes três símbolos profundos, e o significado subjacente deles é em todos os casos o mesmo.
O uso de três cores simbólicas: o negro, o vermelho, e branco. Como com o Manto, a Máscara e o Cordão estas cores são de uso universal, e o simbolismo delas é explicada em todos lugares sempre do mesmo modo.
A chamada trilogia de luzes ou tríplice luminária que invariavelmente é encontrada sobre um altar. Neste observamos três velas brancas, dispostas em forma triangular. Em algumas Lojas eles são só usados em dois graus, em outros em todos os três, mas jamais em nenhum. Novamente o simbolismo sempre é o mesmo.
O Pantáculo é também universal. Embora em algumas Ordens este símbolo importante esteja no Leste, em outros sobre a cadeira do Iniciador, em outros em ambos os lugares. Este símbolo está presente em todos os documentos Martinistas.
A
estação dos Mestres do Passado é o último aspecto comum a
ser observado. Em todo Templo Martinista, a estação dos Mestres do passado é um
lugar, uma cadeira ou mesa ou altar, com uma vela, representando os Mestres do
Passado da Ordem, e da família Iniciática. Pode ser mais decorado, pode ser
mais simples, mas a vela sempre está presente, ela iluminou todas as cerimônias
Martinistas e representa a prece aos Mestres do Passado, representa também a
presença deles nas assembléias e reuniões e, finalmente, representa as
aspirações para a união com o Todo.
Irmão SDK
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